O Instituto Dragão do Mar e seus 25 anos de criação: uma história de gestão e fomento à Cultura no Ceará
Com um crescimento reforçado por ações em rede, transparência e otimização de recursos, o IDM hoje gere 16 espaços públicos do Governo do Estado
Neste dia 10 de março, quando o Instituto Dragão do Mar (IDM) comemora seus 25 anos, celebra também a força da Cultura no Ceará. Em março de 1998, houve a Assembleia Geral de Constituição do então Instituto de Arte e Cultura do Ceará (IACC), denominação que vigorou até 2013. Desde então, como “Instituto Dragão do Mar (IDM)” é a primeira Organização Social (OS) de cultura do país e atualmente realiza a gestão de experiências de formação e fruição cultural, nas áreas das artes, memória e patrimônio, esporte, gastronomia social e meio ambiente.
“Sempre comemoro quando uma Parceria Público-Privada perdura por muitos anos porque é sinônimo de continuidade de políticas, de permanência de ações. E o Instituto Dragão do Mar é pioneiro desde a sua criação, ele foi a primeira Organização Social de Cultura do Brasil. Fundado, na ocasião, para gerir o Centro Dragão do Mar, ele vem desde então sendo uma instituição parceira da Secretaria da Cultura na gestão da sua rede de equipamentos, formulando políticas culturais e aperfeiçoando ações e programas com uma equipe comprometida e de qualidade”. A alegria pelo trabalho conjunto e sua longevidade é da secretária da Cultura do Ceará (Secult Ceará), Luisa Cela.
Com um crescimento significativo, acompanhando e fazendo parte do incremento no número de equipamentos e na consolidação de Políticas Públicas em Cultura no Ceará, hoje gere 16 espaços públicos do Governo do Estado, entre eles o Theatro José de Alencar (TJA), Cineteatro São Luiz e o Complexo Ambiental e Gastronômico da Sabiaguaba. A instituição trabalha atualmente com três secretarias e a Superintendência do Sistema Educacional de Atendimento Socioeducativo do Estado do Ceará (Seas-CE).
A ampliação do escopo de atuação do Instituto Dragão do Mar foi possível graças à ampliação da percepção simbólica do que é a Cultura e como ela, direito fundamental do ser humano, é pilar para o acesso a outros direitos, como a preservação do Meio Ambiente e a Educação. Assim, para atuar em diversas esferas, foi adotado um modelo de gestão em rede que permite a estruturação de complexos ambientais, passando por escolas de cultura e também de esportes, referência em gestão pedagógica, espaços de fruição plural das artes que expõem as mais diversas linguagens e atraem públicos distintos, chegando à confluência dessas áreas que compõem os saberes e fazeres do campo simbólico humano em um modelo que permite harmonizá-los.
Essa gestão em rede abre espaço para maximizar os resultados dos equipamentos que o IDM gere, alcançando mais pessoas em mais municípios cearenses, promovendo o desenvolvimento sociocultural por meio da transversalidade da Cultura. Para secretária do Meio Ambiente e Mudança do Clima (SEMA), Vilma Freire, a Cultura é, sim, um reforçador de laços e direitos que fortalece a gestão ambiental:
“Com o trabalho realizado com competência e excelência por 25 anos, o IDM cuida do patrimônio material e imaterial do povo cearense, sendo um grande parceiro nosso, na gestão de três equipamentos do Governo do Estado. Essa parceria vai além, unindo meio ambiente, tradição, gastronomia e religiosidade, em prol do desenvolvimento sustentável do Ceará. Parabéns, IDM e que venham mais parcerias nos próximos anos!”, incentiva Vilma Freire.
Reconhecido nacionalmente por seu pioneirismo e importância, o IDM se filiou em 2022 à Associação Brasileira de Organizações Sociais da Cultura (Abraosc), que reúne, entre outras, a Associação Pinacoteca Arte e Cultura, a Fundação OSESP e a Sustenidos. A entrada da primeira Organização a gerenciar espaços culturais nesse modelo foi mais que festejada na entidade, levando à eleição e posse da diretora-presidenta do Instituto, Rachel Gadelha, para o Conselho de Administração da instituição nacional. “Esse passo abriu as portas de um maior diálogo entre as OSs de Cultura no Ceará e a entidade nacional, possibilitando maior partilha de desafios e boas práticas e o aperfeiçoamento da gestão e mais parcerias relevantes que permitam ampliar tanto a qualidade da gestão, quanto o alcance das formações, projetos, shows e espetáculos oferecidos aos cearenses. Importante destacar que o IDM faz parte da história da política cultural cearense e que agora, em seu processo de modernização e ampliação, se vê olhando para o futuro, ampliando as possibilidades de leitura simbólica, atuação política e participação social e efetiva na construção das políticas públicas no estado”, assinala Rachel Gadelha, diretora presidenta do IDM desde 2021.
Ainda em março haverá um primeiro encontro presencial e visita de representantes da Abraosc ao Ceará, em uma ação coordenada pelo IDM, para alinhar os debates à realidade das OSs de Cultura cearenses e proposições de soluções estratégicas para manter o crescimento da Cultura no Estado. Serão também realizadas rodas de conversa com agentes culturais do Ceará para debater os propósitos e desafios da OS no contexto atual.
O IDM pelo olhar de seus colaboradores mais antigos
Duas colaboradoras e um colaborador estão no Instituto Dragão do Mar (IDM) há 25 anos. Pelos relatos, pelo brilho no olhar ao falar do que se transformaram enquanto contribuíram para o crescimento da OS e da Cultura no Estado, é perceptível que a dedicação e a vontade de sempre melhorar está no centro que move o IDM e seu corpo colaborativo.
“Eu adoro trabalhar aqui, me sinto muito bem com meus colegas de trabalho, me sinto muito amada, há 25 anos venho trabalhar com prazer. o que é algo que vem muito de trabalharmos com a Cultura, que é uma fonte constante de aprendizados. Aqui, aprendi que a Cultura não precisa ser algo distante de mim e a valorizo mais também, principalmente a Cultura cearense.”.
Antônia Bernardo, carinhosamente chamada de Toinha
coordenadora de Departamento Pessoal
Colaboradora desde 08.09.1998
“O IDM é uma escola de formar profissionais. Já vi muita gente chegar como menor aprendiz, completar a formação e ficar, se desenvolver mais, para, depois, crescer em outros ambientes da profissão. Além disso, é um ambiente humanizador tanto pelo respeito que é buscado nas relações quanto porque a própria Cultura indica caminhos intelectuais e éticos a seguir.”.
Elis Xavier
analista de Monitoramento e Controle
Colaboradora desde 01.09.1998
Eu cheguei no Teatro e fiquei impressionado com o ambiente, os refletores, o equipamento de som, é uma área que eu sempre gostei muito e, assim, cheguei no Centro Dragão do Mar e ele estava ali, esperando ser ocupado. E foi a área que escolhi para trabalhar. Comecei a fazer iluminação de peças, de espetáculos de dança, de shows… Tanto que minha trajetória acadêmica foi moldada por isso: terminei Engenharia Elétrica, fiz uma pós-graduação em Iluminação, fiz um mestrado em Artes. Hoje, mantenho minha paixão pelo Teatro, mas estou mais ligado à parte de Infraestrutura, de manutenção do Instituto Dragão do Mar como um todo, em todos os equipamentos. Houve a mudança de rumo, mas sempre busquei alinhar a questão técnica com a Arte. E sinto que, IDM e eu, ambos ganhamos com isso!
Walter Façanha
gerente de Infraestrutura
Colaborador desde 01.09.1998