A contribuição das Organizações Sociais nas políticas públicas da Cultura
O IDM participou de debate sobre desafios e avanços das OSs e o crescimento da Cultura a partir da gestão
Rachel Gadelha, presidenta do Instituto Dragão do Mar (IDM), participou nesta quarta, 21, da Mesa “Papel das organizações sociais na gestão pública da Cultura”, que foi parte da programação de “Refundar o País – Seminário Nacional de Políticas Culturais”, na Estação das Artes. Os outros debatedores foram: Gisela Geraldi, da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, Marcelo Lopes, da Fundação Osesp e diretor da Abraosc, e Lara Vieira, do Instituto Mirante- CE, com mediação do advogado André Brayner (IDM).
A relevância da trajetória do IDM, que há quase 25 anos foi a primeira Organização Social (OS) em cultura do Brasil, o crescimento durante os governos de Camilo Santana e Izolda Cela e os avanços na modernização da gestão do Instituto nos últimos dois anos pautaram a fala de Rachel. “Acredito que temos tido êxito em realizar as ações de gestão necessárias à institucionalidade e segurança na execução de políticas públicas, sem esquecermos que lidamos com a Cultura. Assim, buscamos manter o nosso olhar sempre sintonizado com a sensibilidade que esse campo pede”, ressaltou Rachel.
Essas conquistas incluíram ainda a gestão em rede, que pôs em diálogo os 16 equipamentos geridos pelo IDM, possibilitando que a transversalidade da Cultura seja uma realidade “Essa integração possibilita que cada espaço público reforce o que o outro tem de mais positivo e, ainda assim, permaneça único, com suas características próprias e peculiaridades. A construção da rede permite que as entregas à sociedade sejam bem maiores”, defende ela.
A contribuição das OSs às políticas públicas em cultura, com a qualificação na execução e maior participação social, foi um ponto identificado por Rachel e compartilhado por todos os debatedores. Alguns desafios também foram um consenso entre os integrantes da mesa, que destacaram a necessidade de avançar em captação de recursos, gestão de riscos e contratos de gestão celebrados por um tempo suficiente para dar maior segurança e qualidade de planejamento a todos que participam da sua efetivação.
Após o painel, ocorreu o lançamento do aplicativo cultura.ce, desenvolvido pela Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult Ceará) em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM). A plataforma centraliza, de forma fácil de localizar, organizada, sustentável e interativa, toda a programação cultural do Estado num único local. Você acessa o aplicativo, sem ocupar muito espaço na memória do celular pelo link (agenda.cultura.ce.gov.br).
Para fechar a programação do dia 21, o IDM também esteve presente na mesa Formação Artística e Cultural, representado pela Diretora de Formação, Bete Jaguaribe, ao lado do Secretário da Cultura, Fabiano Piúba, e do professor Renato Nogueira. Bete participou da mesa que teve como foco as questões que envolvem os processos formativos e as diversas experiências possíveis no campo das artes e da cultura. A partir de experiências construídas ao longo de anos no IDM, como os Laboratórios de Artes da Escola Porto Iracema, o Projeto A Barca e o processo de reformulação dos Projetos Políticos-Pedagógicos das Escolas, Bete destacou a importância da construção de um “pacto pela sensibilidade”, que coloca a formação em arte e cultura não como uma tábua de salvação para todas as mazelas sociais, mas sim como um importante alicerce na construção de um país mais humanizado, justo e sensível, inclusive integrando-se a outras políticas públicas.
“Refundar o País – Seminário Nacional de Políticas Culturais” ocorreu nos dias 20 e 21 de dezembro de 2022, com debatedores nacionais, na Estação das Artes. O seminário foi realizado em parceria com o Instituto Dragão do Mar e o Instituto Mirante do Ceará.